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domingo, 15 de abril de 2012

Crueldade nunca mais: pelo fim de comércio de animais

O barulho na porta do Mercado Central de Belo Horizonte poderia ter sido maior se, pelo menos, um terço das pessoas que confirmaram presença no Manifesto Crueldade Nunca Mais - protesto contra a venda de animais em estabelecimentos comerciais, no evento criado no Facebook para divulgar a manifestação, tivesse comparecido. As presenças na manifestação mostram as mesmas lideranças e um grupo de cerca de 30 pessoas que sempre reservam um tempo na manhã de domingo, ou em qualquer outro dia de descanso, que poderia ser de lazer junto com a família, para estar ali lutando contra os maus-tratos praticados aos animais. 







As editoras do Bichos de Companhia marcaram presença 
na manifestação na porta do Mercado Central de Belo Horizonte

O objetivo da mobilização foi chamar a atenção e ganhar o apoio da população para pedir o fim do comércio de animais, principalmente neste que é um ponto turístico da capital mineira, cujas condições em que se encontram os bichos à venda constrangem os turistas que conhecem a hedionda ala de animais e, por conseguinte, envergonham e mancham o nome da cidade. Não bastasse isso, a situação ganha contornos ainda mais graves ao se tornar alvo em potencial da Vigilância Sanitária simplesmente porque mistura venda de alimentos industrializados e in natura aos dejetos e pelos dos animais disponibilizados à comercialização.
São muitos os casos de pessoas que compram animais no Mercado Central e, poucos dias depois, perdem o animal, vitima de doenças adquiridas ali e não tratadas para que o animal estivesse saudável para ser vendido. Pessoas que se sentem lesadas financeira e emocionalmente. Um fato que é tipicamente um caso de denúncia aos Procons, inclusive. E, ainda que um animal não seja um produto, é uma vida que está sendo comercializada e, portanto, ganha o status de uma relação de consumo onde houve prejuízo para uma das partes.
Os mesmos manifestantes de sempre. Mas, como sempre, empenhados e dispostos a convencer comerciantes e chamá-los ao diálogo em busca de novas alternativas de trabalho que não represente ameaça a vida de nenhum ser vivo

Do lado oposto a essa situação está o lobby fortíssimo dos comerciantes junto a políticos e autoridades municipais para manterem as atividades mesmo diante de tantas evidências de maus-tratos e condições deploráveis de seres vivos expostos à venda. O movimento contra o comércio de animais nunca esteve contra o emprego de ninguém, até porque todos os manifestantes também mantém seus trabalhos diários, conciliando a luta em prol dos animais. Os manifestantes se propõe e se abrem ao diálogo na busca por alternativas de trabalho a esses comerciantes de animais. O único objetivo dos manifestantes é o bem-estar animal e, em hipótese alguma, tem alguma relação com a retirada de empregos e nem o ganha-pão de ninguém. Mas ganhar o pão não deveria significar fazer sofrer, causar dor e, muitas vezes, morte a um ser indefeso.
Este aí de blusa azul faz parte da diretoria do Mercado Central: é o presidente do estabelecimento e acompanhava de cara fechada, protegido por fortes seguranças, a manifestação que, por parte dos manifestantes, se manteve pacífica e pretendia apenas chamar a atenção e ganhar o apoio da população

A reação dos comerciantes é sempre de descaso, ironia e, não raro, truculências e ameaças veladas e, às vezes, explícitas aos líderes do movimento contra o comércio dos animais. A pergunta que não quer calar é: se não há nada de errado na ala de animais à venda no Mercado Central porque então não permitem fotografar o local? E, ainda por cima, reagem com truculência para cima de quem é pego fotografando?
Enquanto não houver proibição ou, ao menos, regulamentação e fiscalização do comércio de animais, crimes vão continuar ocorrendo. A caminho da manifestação, o Bichos de Companhia se deparou com o trabalho ilegal de ambulantes não regularizados junto à prefeitura de Belo Horizonte de animais na feira de artesanato da avenida Afonso Pena, outro tradicional reduto turístico da capital, vendendo cães recém-nascidos. Filhotes desmamados fora do tempo, sem vacinas, que são essenciais para a saúde do animal, sem a vermifugação devida, e, pior, não castrados, apontando que o ciclo vicioso não terá fim porque novas crias serão geradas, vendidas, abandonadas, maltratadas.
Faixa propondo o diálogo e a busca por novas alternativas de trabalho
que não causem dor e nem sofrimento a seres vivos 

A manifestação por parte dos protestantes, como sempre, pacífica e, por isso, ganhando o apoio de quem passava pelo local 
Domingo de sol: um tempinho dedicado à luta pelos animais
 
A manifestação também aproveitou a oportunidade para recolher assinaturas pela criação da Delegacia de Proteção Animal de Minas Gerais, que já existe em outros estados graças ao empenho de grupos de proteção e apoio da população 
Pepê, uma das donas deste blog, encontra Cherry, que acompanhava a guardiã: conferindo de perto a situação de amigos da mesma e de outras espécies confinados em gaiolas apertadas, doentes e em condições deploráveis 


CAMPANHA BICHOS DE COMPANHIA

Quem compra animal silvestre financia o tráfico. 
Quem compra animal de estimação financia e fomenta os maus-tratos e o abandono. Ajude a mudar essa realidade, adote um animal e salve uma vida!


NOTA: um estudante registrou BO por ter sido agredido por comerciante do Mercado Central. O motivo da agressão foi o fato de o estudante ter fotografado uma ave silvestre que estava exposta pra venda no local.

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