Bento recebe a visita diária da mãe e comida no bico
Capítulo 2: Mãe é mãe
Por Michelle Oliveira *
Definitivamente, o amor maternal não conhece a racionalidade, é latente e instintivo. Percebemos nitidamente isso hoje ao deixar o Bento no jardim para suas aulas de voo, quando fomos
surpreendidas por sua mãe bem-te-vi que, preocupada com seu filhote, nos atacou sem o
mínimo de medo. Ela não mediu nosso tamanho e partiu pra cima para defender a cria - que, diga-se de passagem, temos ajudado a mamãe pássaro a cuidar.
Ainda não conseguimos convencer a mamãe zelosa de que estamos querendo ajudar o filhote até que ele saiba voar livremente. Ela ainda acredita que somos um “predador”. Por outro lado, a beleza de ver a família junta compensa o risco de um ataque e bicadas.
Todos os dias, sempre no mesmo horário, ela chega
acompanhada de outro bem-te-vi - que cremos ser o papai bem-te-vi. Eles chegam pontualmente e começam a alimentá-lo. E o Bento espera por eles de bico aberto.
Curioso, que andei pesquisando e descobri que, geralmente, são de 3 a 4 ovos por gestação. Ou seja, mesmo com outros filhotes no ninho, os papais-corujas, ops, bem-te-vis, não se esquecem de "nosso" Bento. E o menu que trazem no bico para o filhote que caiu do ninho é caprichado, digno de um reizinho: grandes insetos, como baratas e grilos.
* Michelle Oliveira é designer, mãe postiça de um bem-te-vi filhote nas horas vagas e colunista convidada do Bichos de Companhia
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