E para você que está acompanhando a história do Bento, o bem-te-vi, abrimos mais uma página deste diário que é pura emoção...
Por Michelle Oliveira *
Hoje, como temos feito todos os dias, soltamos o Bento na hora do almoço e eu comecei a observá-lo, chamando por seus pais e me embrenhei em meus mais íntimos pensamentos sobre algumas coisas, questionamentos sobre afeto, esperança, amor, cuidado e tudo que envolve relacionamentos pessoais. Estranho isso, aprender sobre relações entre pessoas com espécies tão distintas, coisas e sentimentos que para nós humanos deveriam ser tão naturais.
Por Michelle Oliveira *
Hoje, como temos feito todos os dias, soltamos o Bento na hora do almoço e eu comecei a observá-lo, chamando por seus pais e me embrenhei em meus mais íntimos pensamentos sobre algumas coisas, questionamentos sobre afeto, esperança, amor, cuidado e tudo que envolve relacionamentos pessoais. Estranho isso, aprender sobre relações entre pessoas com espécies tão distintas, coisas e sentimentos que para nós humanos deveriam ser tão naturais.
O chamado - Bento chama por seus pais que o atendem prontos e
zelosos, por quê? Porque o amor é amplo e instintivo. Os pais do Bento o
reconhecem como um dos seus e sabem que ele precisa de seus cuidados para
entender quem ele é.
Não se trata de uma pesquisa cientifica sobre
pássaros e suas características, mas de uma ave que, caída do ninho, não foi
abandonada e, ao contrário, é cuidada todos os dias, aprendendo como ser um
pássaro. Tenho vivido várias sensações desde o resgate do Bento e me
surpreendido diariamente nessa relação de aprendizado contínuo.
Tenho entendido e compreendido que para amar não
importa as diferenças, não importa a dificuldade para estar junto e nem o tempo
que isso demore para acontecer, não interessa a distância e as limitações.
Aprendi que amar é puro instinto, basta reconhecer no outro você.
E tem sido assim: vejo no Bento a mesma Fé que
compartilho de que o final será feliz, me reconheço no seu desejo de querer ser
livre e voar, na sua persistência de todos os dias mostrar que está ali a
espera de afeto.
Todos os dias me apego à esperança que o instintivo
amor dos pais de Bento o motivem a ir para junto deles. Que amanhã, na hora do
almoço, o encontro com seus pais seja ainda mais inspirador pra nós, que
possamos entender que jamais devemos deixar de amar e cuidar por mais
diferentes que possamos parecer.
Não há razão para entender o que é amar... não existe
racionalidade no amor.
* Michelle Oliveira é designer, mãe postiça de um bem-te-vi filhote nas horas vagas e colunista convidada do Bichos de Companhia
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