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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Policia Ambiental e PBH apreendem animais em feira de artesanato

Ação conjunta da PM (Florestal) e PBH flagra
 venda ilegal na Feira de Artesanato
da avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte


Quem esteve na Feira de Artesanato da avenida Afono Pena, na manhã deste domingo, 25, e ama e respeita os animais, comemorou muito as cenas de uma fiscalização há muitos anos esperada e sonhada por cidadãos belo horizontinos. A apreensão de 84 cães pela polícia militar florestal e fiscais da prefeitura de Belo Horizonte é resultado de uma luta antiga de protetores e defensores de animais da capital mineira que, reunidos na Câmara Municipal, na última semana conseguiram convencer as autoridades competentes a deflagrarem a operação. 

Uma pequena grande vitória da proteção animal de BH

Filhotes eram vendidos todos os domingos na rua da Bahia, em frente ao Othon Palace, ao público frequentador da famosa feira de artesanato da capital mineira. Os cães eram acondicionados em caixas de transporte apertadas, como o Bichos de Companhia já flagrou anteriormente. Vários em uma caixa só. Submetidos à exposição sob sol quente, chuva, manipulação ostensiva dos interessados em comprá-los e dos próprios vendedores que salientavam a procedência, mostrando portifólios de suas matrizes reprodutoras. Cenas que configuram flagrante maus-tratos. A apreensão no local foi feita por ferir o Código de Postura municipal, pois está fora dos padrões estipulados e, portanto, não é autorizada. 


RESOLUÇÃO CFMV - Lembramos que (lamentavelmente!) a venda de animais não constitui crime e nem é proibida. Mas, maus-tratos sim. E as condições em que esses filhotes eram vendidos ali na Feira de Artesanato ainda configuram mais maus-tratos à luz da resolução 1069/2014,  do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) que começou a vigorar em 15 de janeiro deste ano. A resolução estipula regras para a comercialização em ambientes adequados, espaços, quantidades de animais e exposição controlada, sem manuseio do animal por quem realmente não quiser adquiri-lo. 


Os cães apreendidos ainda não estão à disposição para adoção. Se você quiser realmente um amigo, procure as ONGs e protetores independentes e encontre um amigo para levar para casa e oferecer seus cuidados e carinho.

Os cães foram levados para uma clínica veterinária da capital mineira e estão sob a tutela de uma ONG de proteção animal de Belo Horizonte. Eles ainda não estão à disposição para adoção.  A clínica e a ONG não podem ser reveladas para evitar represália dos comerciantes e demanda da população pela adoção fora de hora. Os cães somente poderão ser disponibilizados à adoção por decisão judicial, passado o prazo para os comerciantes reaverem os animais com o pagamento de multa.  Além disso, os animais somente serão doados castrados e em boas condições de saúde. Muitos dos filhotes apreendidos neste domingo sequer poderiam ter sido desmamados ainda, conforme observaram protetores presentes.

Para aqueles que estão insistindo em adotar os filhotes de raças apreendidos, os protetores recomendam que procurem as ONGs e protetores independentes e escolham os animais que já se encontram nos abrigos e esperam há tempos por um lar. "Quem realmente  estiver disposto a ter um novo amigo, a darem amor e carinho a um animalzinho procurem as ONGs, como a Cão Viver, por exemplo, e protetores independentes. Nesses locais existem muitos animais em busca de um lar e de pessoas que os amem. Não são de raça, na maioria, mas isso não importa para quem realmente deseja ajudar, como estão dizendo. Se todos que estão procurando animais dessa apreensão, adotassem um animal de abrigo, já à disposição, teríamos uma adoção em massa e a causa animal agradeceria a ação, retirando mais animais das ruas e dos maus-tratos", desabafou a protetora Ana Cláudia, que participou ativamente dessa apreensão, em seu Facebook.


MATRIZES REPRODUTORAS - Sobre as matrizes reprodutoras, mantidas sob intenso maus-tratos, com o único intuito de procriação para venda de filhotes, elas agora são objeto de investigação e continuidade do trabalho para futuras apreensões. Essas matrizes são exploradas ao extremo e, na maioria das vezes, descartadas quando, prematuramente, apresentam problemas sérios de saúde, passando a não servir mais para reprodução em série estimulada pelos criadores inescrupulosos. A advogada Val Consolação adiantou ao blog Bichos de Companhia que deve se reunir nesta semana com o secretário municipal de meio ambiente para tratar da questão das matizes reprodutoras. 


NÃO FOMENTE O COMÉRCIO - O Bichos de Companhia também ressalta que a venda só existe porque há demanda. Enquanto existirem pessoas que optam pela compra de um animal ao invés de salvar a vida de um dos abrigos, fazendo da adoção a primeira opção, o comércio vai ganhando mais força. É imprescindível que a população também faça a sua parte, não fomentando o comércio de animais de companhia, de estimação. 


PARA RELEMBRAR 
Em 2012, o blog Bichos de Companhia já havia flagrado essa venda de animais, filhotes amontoados em caixas, naquele local, rua da Bahia, Centro de BH, no domingo, na feira de artesanato. Para relembrar a matéria, clique aqui. 

Fotos: Val Consolação e proteção animal de BH

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