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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Bichos de rua: do abandono cruel para os holofotes

Dois filhotes fofos e hiperativos que foram 
parar na peça de divulgação da mostra

Depois de enfrentarem a dura realidade das ruas, onde protagonizaram cenas de maus-tratos e abandono de que foram vítimas, os cães resgatados pelo exército de voluntários do bem da ONG SOS Bichos se transformaram em estrelas diante dos cliques do fotógrafo Oswaldo Marra. O resultado foram belas e graciosas fotografias, dignas de capa de revista e calendários temáticos, que podem ser vistas até o final de fevereiro, na Exposição Adotar é o Bicho, no café Fnac, no 4° piso do BH Shopping. E o mais bacana, ainda, é que essas estrelinhas de quatro patas estão disponíveis para adoção e prontas para brilhar em sua casa, junto à sua família.

Para o fotógrafo, o convite para participar desse projeto extrapola o caráter puramente plástico e estético que uma fotografia é capaz de despertar no espectador. “Não é uma fotografia para ser vista só pela beleza. É a fotografia que cumpre um outro objetivo: o de conscientizar, de divulgar um trabalho muito legal de resgate desses cães e gatos, mostrando a situação de abandono e maus-tratos cometidos contra animais que foram trazidos ao nosso convívio e foram descartados. É a fotografia cumprindo sua responsabilidade sócio-ambiental”, define. Quando conversou com o blog Bichos de Companhia, no dia seguinte à estreia da exposição, no último dia 15, o fotógrafo comemorava a adoção de dois cães apenas no primeiro dia da mostra.

Café Fnac, do BH Shopping, abre espaço
 para adoção de animais

Medo Oswaldo Marra que está acostumado a fotografar gente e eventos, como casamento, também já fotografou animais. Porém, ele destaca, dentro de um contexto, em campanhas publicitárias. "São animais adestrados, que têm uma postura diferente, técnica para se manterem diante das câmeras e holofotes, já acostumados com feiras e exposições de cães”, justifica o fotógrafo que reconhece que não foi fácil clicar esses animais em condições totalmente adversas. “São cães que foram maltratados, judiados. São acuados e, muitos têm muito medo de gente, principalmente de homem, pois na certa, apanharam, foram agredidos, por figuras masculinas”, ressalta. O fotógrafo se recorda, inclusive, de que alguns animais tinham medo dele, um dos poucos homens presentes no estúdio de fotografia, e, por isso, era obrigado, muitas vezes, a se manter calado e quieto atrás da câmera.
Nesse contexto, muitos cliques exigiram doses de paciência e muito suor do fotógrafo, além de criatividade e sensibilidade para captar o melhor ângulo. Nessa toada, teve cachorro em que foram disparadas 50 fotos para ser escolhida apenas uma para a exposição. Os filhotes que estrelam o cartaz da exposição são um exemplo disso. Hiperativos, eles não paravam quietos e foi de um repente que Oswaldo conseguiu captar exatamente o momento mágico de um olhando para o outro. E a foto foi escolhida para divulgar a exposição Adotar é o Bicho.
Cléo e seu filhote: um momento de pura ternura

Outro rompante que merece destaque é a pose da cadela Cléo, ao lado de um dos seus filhotes que ficava o tempo todo rodeando a mãe. Oswaldo captou o momento com tanta sensibilidade que a foto é capaz de tocar o instinto maternal que existe em toda mulher por tanta delicadeza e beleza – e paternal também. O fotógrafo lembra que a cadela, enorme, mestiça de raça dominante chegou a amedronta-lo. Mas foi preciso alguns segundos para perceber a docilidade de uma cautelosa mamãe com sua cria.
Beto: mesmo com tanto charme e simpatia 
foi descartado por seus donos porque está velho

Acessórios Beto, um simpático vovozinho, covardemente abandonado porque está idoso, numa fase que mais precisava estar ao lado de seu guardião, também é um caso que chamou a atenção durante a sessão de fotos. “Ele deve ter sofrido e ainda sofre tanto em consequência do abandono e maus-tratos que seria facilmente mantido na mesma posição para foto durante um bom tempo de tão calminho e meigo”, se lembrou o fotógrafo. E olha que Beto fotografou com uma boininha na cabeça que lhe conferiu um charme todo especial de terceira idade.
Os acessórios, como a boina do Beto, foram escolhidos durante a sessão de fotos, em conjunto pela equipe da ONG SOS Bichos e do estúdio, conforme a personalidade e o jeito de cada um. “Teve animal que dispensamos os objetos e enfeites porque a naturalidade diante das câmeras era o mais importante a ser captado”.

O estúdio especialmente montado onde os cães vivem à espera de um lar

Carla Roberta (SOS Bichos), à direita, recebe 
o Bichos de Companhia e a protetora Luana Antunes

Para fotografar esses peludos, Oswaldo Marra decidiu levar o estúdio até onde permaneciam albergados à espera de lares. A intenção era exatamente driblar essas circunstâncias adversas de medos e tornar tudo o mais natural para os cachorros, tendo um espaço mais restrito e com certo controle sobre os cães, deixando-os à vontade, mas não dispersos.
Tudo foi cuidadosamente planejado para os dois dias de sessão fotográfica. Da presença confortante aos animais da equipe da ONG SOS Bichos, à uniformização da linguagem no cenário, com o uso de um fundo único, branco, infinito, para destacar o animal e não o ambiente à iluminação e movimento de câmera. A luz de flash foi trocada pela contínua que, conforme explicou o fotógrafo, apesar de ser mais quente e, por isso, incômoda, era a opção aos disparos de flashes que assustariam os animais e tornaria ainda mais difícil a sessão de fotos. Para capturar aquele momento especial, Oswaldo Marra também optou pela câmera solta, não fixa por tripés, para ganhar mais mobilidade segundo a posição mais natural dos cães.
Dicas para fotos domésticas De toda essa experiência, Oswaldo Marra extrai dicas para os guardiães também capturarem bons momentos de seus cães e gatos para posteridade. O essencial é a espontaneidade, diz o fotógrafo. “Assim como nas fotos de gente em que as poses mais espontâneas são aquelas que retratam a personalidade, captam a essência, também no caso dos animais são essas fotografias que vão mostrar exatamente como são e estão, mais alegres ou introspectivos”, ensina. É estar preparado para quando a ocasião acontecer, quando estiverem pulando, brincando com o brinquedo predileto, em poses pensativas. “É contar com a sorte de estar pronto para clicar este momento especial e ter sensibilidade para percebê-lo”, aponta.

O fotógrafo
Clique aqui para conhecer o portifólio do fotógrafo Oswaldo Marra, visite seu estúdio virtual

Contato:
(31) 3287-4334

Vale a pena conferir também:
Dia 28/02
Bate-papo com a equipe da ONG SOS Bichos sobre a importância da adoção de animais e da guarda responsável para coibir o abandono. Serão construídas uma teia de histórias reais e fascinantes com depoimentos de pessoas que fizeram da adoção a primeira opção e relatam suas experiências felizes ao lado de animais eternamente gratos e fiéis. 

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