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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Luiza Maciel se inspira no cotidiano com suas cadelas para falar de guarda responsável


Luiza Maciel Boaventura, de Belo Horizonte, é a outra ganhadora do concurso cultural Guarda Responsável de animais de companhia: faça a sua parte e contribua para torná-la realidade! Em destaque, olhando fixamente de forma curiosa e charmosa para a lente da câmera, a cadelinha Smily, adotada pela Luiza na última feira da Cãopartilhe. Na montagem também é possível ver a Amendoím, cuja guarda responsável é compartilhada entre a Luiza e a mãe. A Amendoím e a Smily tiveram uma nova chance de serem felizes porque a Luiza fez da adoção a sua primeira opção. Abaixo, a Luiza contou um pouco da história das duas até a adoção. Vale a pena ler, se emocionar. E para quem ainda não teve a alegria de adotar um cão ou um gato sem dono, vale muito a pena seguir o exemplo.

A postagem de hoje apresenta o texto da Luiza Maciel Boaventura, de Belo Horizonte, mais uma ganhadora do Concurso Cultural Guarda Responsável de animais de companhia: faça a sua parte e contribua para torná-la realidade! O concurso, realizado pelo blog Bichos de Companhia, teve o apoio da clínica Vet Mais, da Max Total Alimentos e da Senhorita Camaleão Design e contou com a parceria da ONG Cãopartilhe e do grupo de proteção animal SOS Bichos.

Inspirando-se em situações cotidianas ao lado de suas cadelas adotadas Smily e Amendoím, Luiza conseguiu reunir de forma concisa e bem argumentada os princípios básicos da guarda responsávvel de um animal de companhia. Destaque para a importante questão educativa que é ensinar às crianças a lidar e respeitar os animais, cuidando para que tenham os cuidados necessários e afeto. Crianças conscientes não serão adultos irresponsáveis e nem serão os algozes do abandono no futuro. Essa é a premissa que deve nortear campanhas educativas em prol da guarda responsável e de repúdio ao abandono cruel de animais a qualquer pretexto. Leia o texto da Luiza, reflita e comente à vontade. Seu comentário pode ajudar outras pessoas a compreenderem melhor seus deveres para com seus animais de companhia:


"Animal de estimação não é brinquedo e nem um objeto para ser exibido como um troféu. É um ser vivo indefeso, irracional e que precisa muito de seu bom senso e carinho. Adotar um animalzinho de estimação é um gesto muito bonito, mas que implica em muitas responsabilidades para as quais nem sempre as pessoas estão preparadas ou cientes.


Cuidar bem de um animalzinho não é alimentá-lo com ração de primeira, vesti-lo com roupinhas de grife e dar a ele uma casinha cara. É protegê-lo e amá-lo e isso só é possível com pequenos gestos que, somados, garantirão a felicidade, saúde e bem-estar de seu pet.


Para estar pronto para exercer uma guarda responsável a primeira coisa que você tem que pensar é que as suas responsabilidades não terminam na hora em que você adotou. Elas apenas começam... E crescem também.


Exercer a guarda responsável é zelar pela saúde de seu bichinho (mantendo em dia seu cartão de vacinação, o controle de parasitas e levando-o ao veterinário sempre que necessário), é ensinar às crianças, principalmente as menores, como respeitar, manusear e cuidar do animalzinho, é passear com seu bichinho, é dedicar a ele paciência e atenção, principalmente quando ainda é um filhote, é alimentá-lo com ração de qualidade e trocar sua água regularmente, é dar banhos na temperatura adequada, é não deixá-lo sozinho por muito tempo e cuidar para que ele não sinta calor excessivo e nem frio. É ter sempre em mente – e no coração – que aquele “serzinho” é um membro da sua família e, como tal, nunca, jamais e em tempo algum deverá ser maltratado ou abandonado caso se acidente ou fique velhinho. Em troca você receberá um amor puro, fiel e verdadeiro como só esses bichinhos de estimação
sabem dar. "


Luiza Maciel Boaventura
(com fotos do arquivo pessoal da Luiza)
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Adoções com finais felizes: a história da Smily e da Amendoím

A Smily

A cachorrinha maior, pretinha é a Smily (antes tinha recebido no abrigo o nome de Geisy).
Ela foi adotada no dia 07 de maio deste ano na feira promovida pela Caopartilhe, no bairro Floresta.
"Milinha", como é chamada, tinha quatro meses na época. Era desconfiadíssima e fazia xixi de medo quando chegávamos perto dela. Mas agora ela já é uma cadelinha adaptada, perdeu o medo e virou uma grande bagunceira. Daí eu ter escrito no texto sobre guarda responsável, Nadia, que é necessário termos paciência principalmente na fase filhote. Tem gente que adota ou compra e depois acaba "passando pra frente" o bichinho pq ele roeu algum pé de mesa ou comeu algum tênis...
Só que essa fase é assim mesmo e cabe ao dono prever possíveis estragos e não punir o animalzinho que só faz o que faz pra brincar pq ainda é "criança", né?...
O pessoal da Cão partilhe disse que a Milinha veio de uma ninhada de 8 filhotes de uma cadela encontrada prenha na rua comendo lixo. Foi resgatada e pariu a Milinha e seus irmaozinhos já protegida pela ONG.
Meu marido foi quem a escolheu no meio de um bando de cachorrinhos. Eu mesma estava pendendo mais pra um machinho menorzinho que estava na mesma gaiolinha do que ela. Mas meu marido quis a Milinha e vejo que foi uma boa escolha. Ela não é de latir muito, é amorosa e está muito feliz com a gente. Tem caminha fofa, tem casinha de plástico, coleirinha antipulgas, roupinhas, brinquedinhos e muito amor, o que é o principal, né? Quer que ela venha correndo? É só gritar "bicoitinho da Milinha" com um biscoito pra filhotes na mão. Ela aparece voando - rsrsrs Já contei pra Milinha que ela vai ganhar presente do Bicho de Companhia e ela ficou mega feliz e ansiosa.

Nota do blog: Milinha, pode comemorar mesmo porque foi você (e a Amendoím) as inspirações da Luiza para escrever para o concurso e, ainda, de quebra, ganhar.

A Amendoim

Há três anos eu, meu marido e minha mãe estávamos em um depósito de areia nas proximidades de nosso sítio quando o dono do local comentou com a gente que tinha aparecido uma cachorrinha por lá toda perebenta e, que por ser muito pequena, ele tinha receio que acabasse sendo atropelada pelos caminhões de areia que viviam descarregando no local. O rapaz perguntou se a gente não queria ficar com ela... Fomos dar uma olhada na "bichinha" e deu tanto dó o estado em que ela se encontrava que resgatamos a cachorrinha.
O nome Amendoim é porque, segundo o dono do depósito, as crianças da região que iam de vez em quando alimentar a cachorrinha a chamavam assim...
Pois era um domingo mas mesmo assim conseguimos um veterinário lá em Contagem para atendê-la. Segundo ele, ela tinha resistido a Cinomose, estava com fungos, bactérias e conjuntivite.
Tomou antibióticos, antifúngicos (por cinco meses), vários "banhos anti-perebas" (Nota do blog: por anti-perebas, a Luiza deve estar querendo dizer antisarna) , usou durante semanas um colírio e fez vários exames de sangue. Quem cuidou dela esse tempo todo foi minha mãe porque morava em casa e podia manter a cachorra no quintal durante o tratamento porque eu contrai doença de pele por causa dela e tive que me tratar. Curada, gordinha e feliz Amendoim estava prontinha para ir para minha casa mas quem disse que minha mãe me deixou levar a Amendoim embora? Hoje é a maior companheira da minha mãe, mas sempre que posso, levo Amendoim e Smily pra passearem juntas.


Guarda Responsável é cuidar do seu animal de companhia, atentando-se para cuidados com a saúde, inclusive, da família humana que convive com o animal.

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