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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Anclivepa Brasil defende amplamente o tratamento da leishmaniose canina


Fotos desta postagem do blog Rede Bichos, mostrando cães antes e depois do tratamento da LVC

A Associação Nacional das Clínicas Veterinárias de Pequenos Animais (Anclivepa Brasil) conclui, após seminários realizados em todo o Brasil, pelo apoio ao tratamento da leishmaniose visceral canina. Além disso, a instituição defende que o combate à doença deve ser centrado no controle do vetor.
Em documento oficial, amplamente divulgado e postado na página da Anclivepa Brasil, a instituição exige a aplicação das verbas publicas em medidas éticas que busquem diagnósticos corretos, controle do vetor através de campanhas de aplicação de inseticidas centrados nos cães e defende o desenvolvimento de campanhas educativas pelo poder público no esclarecimento à população.
Fica dado o recado ao Ministério da Saúde que ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto após a revisão de posicionamento da Anclivepa Brasil e insiste em negar o tratamento dos animais, condenando, com isso, muitos animais com resultados falso-positivo à morte. Dos seminários promovidos pela Anclivepa Brasil, médicos e estudantes de veterinária discutiram a profilaxia, concluindo que matar cães não resolve o problema da doença (aliás, o nome do seminário era justamente um questionamento: Leishmaniose: Matar cães resolve?). O necessário é sanear as causas, cuidar da eliminação dos focos do mosquito, assim como é feito com a dengue. E isso é responsabilidade da saúde pública na introdução de campanhas educativas e iniciativas eficazes no controle do vetor. Seguindo nessa postura, atrás de ordens do Ministério da Saúde, o que se está fazendo é mascarando o problema, invertendo a solução, sacrificando, literalmente, a parte mais fraca, retirando-se de cima das autoridades sanitárias a responsabilidade no combate à doença e incutindo o medo na população pela falta de informação e ação adequadas como forma de ação profilática. Leia abaixo a íntegra do documento assinado pela Anclivepa Brasil.





CARTA DA ANCLIVEPA BRASIL

A ANCLIVEPA BRASIL divulga aos seus associados sua análise e posicionamento referente à questão da Leishmaniose Visceral Canina - LVC, em nosso país. Durante o ano de 2010 o CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA – CFMV realizou encontro técnico-científico sobre a questão da LVC no Brasil, no qual participaram médicos veterinários especializados nas áreas de saúde pública, epidemiologia, clinica médica, além de diretores do CFMV, ANCLIVEPA BRASIL, MAPA, Ministério da Saúde, OPAS e dos CRMVs. Desse encontro, o SISTEMA CFMV/CRMVs divulgou CARTA que situou a realidade da LVC NO BRASIL. De forma idêntica, o CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO MATO GROSSO DO SUL (CRMV-MS), promoveu o Iº SIMPÓSIO SUL-MATO-GROSSENSE DE LEISHMANIOSE, com objetivos de informar, atualizar, discutir e orientar médicos veterinários, médicos, advogados, juízes, promotores e delegados sobre os aspectos técnico-científicos e jurídicos da Leishmaniose que foram divulgadas conclusões para toda a classe médica veterinária e a sociedade em geral. Além disso, as ANCLIVEPAs REGIONAIS promoveram por todo país SIMPÓSIOS sobre o tema, procurando informar e discutir o problema.

Está claro que a LEISHMANIOSE VISCERAL é doença grave, que leva ao óbito animais e humanos, sendo considerada pela OMS endemia prioritária em ações de controle nos 88 países em que está presente. A população brasileira demonstra crescente interesse no conhecimento dessa doença e, sem dúvida, está a cada dia conhecendo mais, não somente sobre a doença, mas também sobre as ações de controle preconizadas pelos agentes de saúde pública do Brasil.



Dessa maneira, a ANCLIVEPA BRASIL pontua os seguintes aspectos:

1 – Reconhece o importante papel dos CONSELHOS DE MEDICINA VETERINÁRIA no esclarecimento à sociedade em relação à LEISHMANIOSE VISCERAL.

2 – Parabeniza o CFMV e os CRMVs que promoveram eventos relativos a discussão do assunto, bem como suas imparciais conclusões, que apontaram falhas cruciais para se alcançar o controle da doença no Brasil

3 – Conclama que demais Entidades e Conselhos da Medicina Veterinária do país realizem, em 2011, espelhados nos exemplos dos CFMV e CRMV-MS, encontros voltados para o tema. Esses encontros permitem vislumbrar os equívocos existentes na orientação pública em relação ao controle da Leishmaniose Visceral no Brasil

4 – Divulga que a revisão sistemática da OPAS em janeiro de 2010, concluiu que as ações de controle adotadas no Brasil, não demonstram eficácia. Além disso, essa mesma revisão indica que o controle do vetor seria melhor estratégia do que a polêmica eliminação canina.

5 – Informa que outros reservatórios urbanos foram identificados, fragilizando ainda mais a eliminação canina praticada pelo serviço público.

6 – Reitera que os métodos diagnósticos atuais para a Leishmaniose Visceral Canina, mantém-se frágeis e levam à morte milhares de cães com resultados falso positivos.

7 – Enfatiza a necessidade de medidas de proteção dos cães contra os vetores, distribuindo colares inseticidas ou inseticidas tópicos em animais nas regiões afetadas e a realização de vacinação contra LVC em regiões endêmicas.

8 – Defende o tratamento de cães afetados, amparada nas evidencias cientificas de que a eliminação desses cães não diminuiu o risco de contaminação humana, além do fato de que os cães tratados mantém-se saudáveis, sem capacidade infectante e constantemente protegidos da aproximação do vetor. Essa conduta encontra respaldo não só em publicações científicas mas também em documentos oficiais da OPAS e OMS.


Baseados nesses pontos a ANCLIVEPA BRASIL declara que:


1 – Discorda da proibição do tratamento canina, imposta pela portaria interministerial 1.426/2008, que vem sendo mantida em detrimento de todas as evidencias de sua ineficácia e inexeqüibilidade.


2 – Defende a opção do tratamento de cães assintomáticos com a autorização e responsabilidade legal do proprietário.


3 – Defende campanhas públicas de educação em controle do vetor, desfocadas da eliminação de cães. Para isso, será necessário investimento em contratação de mão de obra permanente e treinamento para que as visitas de controle não se limitem à identificação de animais sororeagentes com o objetivo de sua eliminação. Essas visitas devem dar orientações preventivas para o controle da transmissão vetorial.


4 – Exige aplicação das verbas publicas em medidas éticas que busquem diagnósticos corretos, controle do vetor através de campanhas de aplicação de inseticidas centrados nos cães.


5 – Não concorda com diagnósticos imprecisos que resultem em eliminação dos animais. Defende exames seguros e repetidos conforme acompanhamento médico dos animais.


6 – Defende e busca o diálogo com os agentes públicos.
Esses são os pontos defendidos pela ANCLIVEPA BRASIL que têm sido apresentados pelo país.

A ANCLIVEPA BRASIL prioriza a saúde da família. A ANCLIVEPA BRASIL promove seus debates com o intuito de esclarecer que o cuidado com a vida dos animais é ação de saúde pública. A ANCLIVEPA BRASIL promove discussões objetivando manter os médicos veterinários atualizados sobre o assunto.

A ANCLIVEPA BRASIL reitera que o combate da LVC deve ser centrado no controle do vetor.

Reunião de Diretoria da ANCLIVEPA BRASIL.

Salvador, 31 de janeiro de 2011
Paulo Carvalho de Castilho
Presidente ANCLIVEPA BRASIL




Veja mais informações na página Anclivepa Brasil. Clique aqui.

8 comentários:

  1. Olá tenho uma cadela que faz tratamento de Leis a 5 anos. Ela está ótima e ainda vai viver muito. Sou totalmente a favor do tratamento. Está na hora desses humanos deixarem de ser egoístas e dar uma chance aos animais, que sem dúvida são muito mais superiores a nós. Parabéns pelo esforço de vocês. Aos pouco vamos conseguindo

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  2. É isso aí. Obrigada pelo seu depoimento. Só tome cuidado para não se empolgar de mais qdo fala de uma superioridade dos animais em relação aos humanos. Isso é pura emoção (embora eu entenda seus motivos para dizer assim), mas não se deixe levar por essa emoção sob pena de sermos taxados como loucos e não conseguirmos, com isso, levantar bem a nossa bandeira, a nossa defesa dos animais que é legítima. Somos seres humanos, somos racionais e temos de usar essa racionalidade em favor dos animais e não para massacrá-los ou usá-los e descartarmos. Abração e valeu!

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  3. Tenho uma cadelinha que esta em tratamento há 2 anos ,graças ao esclarecimento e encaminhamento de uma Vet que trabalha em uma clin. que não faz o tratamento mas,me indicou um profissional.A cachorrinha já estaria morta,pois eu não tinha informação de um profissional que realizasse este tratamento .Acredito no poder da divulgação ,do conhecimento e na corrente do bem ,na defesa de nossos amiguinhos.Quem sabe uma ação de todos na mobilização de autoridades na adequação das leis,de maneira que possamos implementar medidas de controle pautadas no conhecimento e no bom senso,pois não entendo que sendo o cuidado com a vida dos animais uma questão de saúde pública,como manter uma conduta tão sem amparo cientifico,medidas ultrapassadas e sem evidências. Acredito na qualidade de muitos veterinarios que conheço,e que poderiam estar juntos com as autoridades na formulação de novas medidas mais eficientes e que não deixasse os proprietários em uma situação tão dificil quando decide pelo tratamento(você é intimidado pelos profissionais que deveriam ir as moradias com uma proposta de orientar,auxiliar e zelar pela saúde das pessoas e dos animais ).
    O que entristece é ver o abuso de poder de nossas autoridades e a falta de aplicação das verbas publicas em medidas sérias e eficientes.Parabéns pela divulgação para nós da comunidade leiga nesse assunto,mas interessada em entender e quem sabe poder ajudar na mudança!!!
    Jane,proprietária de uma cadelinha salva graças a ação de um profissional que não negou a informação.

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  4. Boa tarde, meu nome é Sergio e estou desesperado. Tenho um labrador (femea) de 3 anos super saudável, os tecnicos de Zoonose da Prefeitura foram até minha casa e fizeram o teste de Leishimaniose nela e me ligaram falando que ela esta infectada. Levei ela no veterinário, mas o exame ainda não ficou pronto. Caso esteja com a doença, estou disposto a fazer o tratamento, pois ela não tem nenhum sintoma e está muito saudável, gostaria de mais informações a respeito do tratamento e indicação de profissional para acompanhamento em Belo Horizonte. Obs. Tenho dois filhos que ainda não sabem do problema, pois estou temendo que eles sofram muito caso aconteça o pior.
    Muito obrigado.
    e-mail para contato
    sergiocostag@hotmail.com

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  5. Sérgio, obrigada pela visita e contato. Situação difícil a sua. Tomara que o exame particular elimine a possibilidade de ela estar infectada e aí pelo menos é mais fácil com a PBH. Entretanto, o que eu recomendo é que vc procure a Anclivepa-MG. O setor jurídico da Associação dos clínicos veterinários da entidade vai poder lhe dar uma super ajuda para enfrentar a situação sem prejuízos pra vc, sua família e, principalmente, sua cadela, parte da sua família tb. O professor da PUC Vitor Ribeiro, veterinário é especialista no assunto. Ele é dono da clínica Santo Agostinho e conselheiro da Ancivepa MG. Recentemene deu uma excelente palestra na ALMG. O blog cobriu a palestra, dê uma olhadinha na matéria Leishmaniose: “Matar cães não resolve um problema que é de saúde pública e falta de prevenção adequada” aqui no blog Bichos de Companhia. Tem muita coisa lá que vai lhe ajudar a entender melhor o exame, a doença e o tratamento. Jogue no google os nomes Anclivepa MG e Clínica Santo Agostinho que vc achará fácil os contatos telefônicos. Estamos á disposição e dê um retorno pra gente sobre suas conclusões e os rumos dessa história, ok? Abraço.

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  6. Olá, ADOREI A MATÉRIA E TBEM ACHO QUE DEVEMOS LUTAR PELA SOBREVIVÊNCIA DOS ANIMAIS,POIS TENHO UMA CADELINHA MALTÊS QUE TEM O VÍRUS DA LEISHMANIOSE ,TOMA SEU MEDICAMENTO DIÁRIO E VIVE BEM COMO SE NÃO TIVESSE ESSA DOENÇA!
    GRANDE BJU!

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  7. É isso aí!!! O princípio básico é quem ama cuida! A doença condena à morte, seres saudáveis que o vírus pode ser mantido sob controle, inativo, com tratamento adequado.

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  8. Tenho uma cadela com feridas na boca e focinho, a cadela da vizinha morreu a poucos dias e o diagnostico foi dado pela vigilância sanitária que veio em casa fazer exame, estou sofrendo muito pois, não tenho condições financeiras de levar ao veterinário, e certamente se eles vierem fazer o exame vão querer sacrificar minha menina também.

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