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domingo, 28 de novembro de 2010

Cão idoso: cuidados e afeto


Kika: não tão debilitada como agora

A postagem de hoje é particularmente especial, pois se trata de uma homenagem. Homenagem a uma cadelinha de 17 anos. Durante todo o tempo ela esteve com minha família e ainda continua porque ela é viva. Nunca conheceu as agruras do abandono e nunca, jamais, sofreu quaisquer tipo de maus-tratos, sempre teve tudo o que pudemos dar a ela e muito respeito e afeto. Ao contrário de muitos animais que quando alcançam uma certa idade, às vezes a metade da idade da Kika, já são colocados de lado por seus donos, sendo alguns até mesmo abandonados. Entre os meus familiares mesmo tenho exemplos de cães da mesma raça da Kika que foram adquiridos meses depois da chegada da Kika na minha família e, hoje, não existem mais: foram deliberadamente (ou nem tanto) abandonados. Aqueles contemporâneos a ela que não chegaram a ser abandonados, foram negligenciados, deixados de lado, criados de forma largada e negligente até morrerem. E a Kika aqui resistindo, forte e muito bem tratada, apesar de todas as suas atuais deficiências causadas pela velhice. Kika é uma poodle-toy que segue as características da raça. Tem sopro cardíaco e problemas de articulação, sobretudo nas patinhas traseiras. A bem da verdade, ela sempre teve esses probleminhas que se agravaram com a velhice. Na expectativa de compartilhar sentimentos e idéias com outras pessoas que têm cães que estão se tornando mais velhos, fiz vídeos da Kika em situações cotidianas, na hora de comer e de dormir. Imagens que mostram um pouquinho de todas as dificuldades e exercício de paciência pelos quais temos passado, mas sem perder de foco a dignidade da cadelinha que ainda mostra vontade de viver e viver ao lado da família que a criou durante toda uma vida e que nunca irá abandoná-la no momento em que ela mais precisa de nós. Se chegar um momento que tivermos de tomar alguma decisão, afirmamos que será algo digno, sem submetê-la a sofrimentos e solidão do abandono. É o mínimo que podemos fazer a um serzinho que esteve com a gente em vários momentos e nos proporcionou muitas alegrias (e trabalho também), mas seguramente, a felicidade de sua companhia supera quaisquer obstáculos. Somos e seremos sempre responsáveis pela sua integridade até o último dia de sua vida e assim deveria acontecer também com outros cães escolhidos por famílias e abandonados por seus donos diante da primeira dificuldade. O que queremos é que Ele a retire de nosso convívio quando julgar que chegou a hora. E temos fé de que será assim.

Por problemas técnicos, não está sendo possível baixar os vídeos para o blog, então seguem os endereços dos vídeos no youtube. Vale a pena ver:

Comendo com dificuldade
http://www.youtube.com/watch?v=s262LZKim_o

Comendo macarrão ao melhor estilo a dama e o vagabundo, ainda que com dificuldades
http://www.youtube.com/watch?v=rq52Ll3toMw

A difícil hora de dormir
http://www.youtube.com/watch?v=-Ankj9rm8x8

3 comentários:

  1. Gostei de ler a historinha de vida da kika.Eu amo essa minha caçulinha.Quando Ele a chamar,quero estar pertinho dela, segurando a patinha dela com muito amor e, se possível, sem chorar por que ela já está sofrendo. Antonieta Lúcia

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  2. Tb adorei ler a historinha da Kika, pois tb ando me habituando às dificuldades que a idade vem trazendo à minha Belinha. A exemplo da Kika, ela tb é poodle-toy e tb já está com problemas nas patas traseiras e coluna. Quem tem um mascote, precisa se conscientizar disso. Não adaptamos as residências aos nossos avós? Isso tb pode ser necessário com nossos mascotes, por exemplo. Hj já não posso mais deixar a Bela subir e descer das camas, sofás e escadas, nem brincar com ela da mesma forma. E assim vamos, cuidando e esperando o dia da despedida, cheios de amor no coração =)

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