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sábado, 9 de outubro de 2010

Proibição de comércio de animais esbarra em falta de quorum em BH

Vereadores de Belo Horizonte abandonaram o plenário durante importante votação do projeto de Lei 559/2009, da vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB) que propõe a proibição da venda de animais no Mercado Central, tradicional ponto turístico da capital mineira. A falta de quorum acabou por inviabilizar a votação que contou com sessão lotada por ativistas e defensores da causa animal e esvaziada pelos parlamentares.
A sessão chegou a contar com 30 vereadores, nove a mais que o número mínimo necessário para a votação do PL em plenário, mas terminou apenas com 11 parlamentares, fato que provocou o adiamento da discussão para a próxima quarta-feira, 13.



Bom é flagrante que os interesses comerciais se sobrepuseram, deixando claro o comprometimento dos vereadores de BH com os comerciantes do Mercado Central apesar de todo o clamor da população e defensores dos animais pelo fim do comércio. Um comércio que chega a ser hediondo. Medonho. Se os vereadores estivessem realmente comprometidos com melhorias na cidade (e esse comércio depõe contra a imagem da capital mineira num importante ponto turístico), bastaria uma caminhada pela ala dos animais naquele estabelecimento – um corredor de sofrimento, fedor, horror, tristezas. Bastaria a simples observação por parte desses ilustres membros do legislativo. Sequer seria necessário depoimentos de terceiros ou imagens.
Fotografar é proibido Aliás, este é um ponto crucial. Um calcanhar de Aquiles, por assim dizer. Fazer imagens dessa ala no Mercado Central é terminantemente proibido. Um amigo, ex-aluno de uma escola de fotografia, teve aulas práticas no Mercado. E a primeira recomendação era de que os alunos não infringissem a proibição imposta à escola que teve permissão para fazer as fotos no local desde que nenhum aluno, sob nenhuma hipótese, fotografasse a ala dos animais e ala onde ficam os terminais eletrônicos de bancos.



E, diante disso, vêm os comerciantes do Mercado (os que vendem animais em condições deploráveis) alegarem em causa própria que os ativistas possuem imagens antigas e que a realidade hoje é outra. Se é outra, então porque não permitem as fotografias até para comprovar sua tese-defesa?
Verdade seja dita, entre os próprios defensores de animais há um racha, fato que acaba, inclusive, por contribuir para enfraquecer a causa e fortalecer os argumentos pífios dos comerciantes da ala de venda de animais (que, a partir do comportamento dos parlamentares, é possível depreender que apóiam por interesses escusos ou nem tanto esses vendedores de horror, torturas, sofrimentos e maus-tratos). Explica-se: uma parte (na minha opinião, bastante sensata) dos defensores defende que a proibição à venda de animais deve abranger outros estabelecimentos, ou seja, toda a cidade.



Ao restringir à proibição somente ao Mercado Central acaba por soar preconceituoso com o estabelecimento, apesar das evidentes condições ao simples caminhante pela ala dos animais, e, até em termos legais, antidemocrático. E, na prática, inócuo, pois, uma vez proibida a venda no Mercado, outros abusos continuarão sendo cometidos contra os animais em outros lugares até menos freqüentado e público.

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