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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mobilização contra comércio de animais em BH



Esta quarta-feira, 13 de outubro, é um dia muito importante para aqueles que amam e respeitam os animais. Está na pauta de votação da Câmara Municipal de Belo Horizonte o projeto de lei que proíbe o comércio de animais no Mercado Central. Tradicional ponto turístico da cidade, o local exibe aos visitantes a pior faceta da crueldade e do horror para que esses levem de volta para as suas casas as mais terríveis recordações da capital de Minas Gerais.
A mobilização torna-se urgente. É preciso lotar o plenário da Câmara e mostrar que a população de Belo Horizonte não está de acordo com aquele comércio de horror e sofrimento. É preciso convencer aos vereadores, que ainda não se deram por convencidos por interesses particulares ocultos ou simplesmente por indiferença, de que o comércio de animais naquelas condições é nocivo à imagem de uma cidade que tem o nome de Belo Horizonte e é, ainda, uma afronta às leis sanitárias por expor os alimentos ali vendidos à contaminação, pondo em risco a saúde de cidadãos que, por assim dizer, votaram em seus representantes do legislativo.



Destacamos abaixo a coluna do jornalista Maurício Lara (mauricio.lara@uai.com.br), a respeito do assunto, publicada no jornal Estado de Minas, deste 12 de outubro. A propósito, neste dia das crianças não dê cachorro de presente. Animal é ser vivo, não é objeto para ser dado de presente. É vida que exige responsabilidades e cuidados.

Gaiolas abertas
"A Câmara Municipal tem na pauta de votação amanhã o projeto de lei que proíbe o comércio de animais no Mercado Central. O Movimento Mineiro pelo Direito dos Animais faz campanha pela internet com o mote "Mercado Central sem comércio animal" e convoca para pressão aos vereadores pela aprovação da lei que tiraria das gaiolas galinhas, pássaros, cães e gatos.
Argumenta o movimento: "Há praticamente 80 anos existe aquele comércio, que já foi considerado cultura, tradição, distração e ponto turístico para nossa capital. Entretanto, passados os anos e evoluída a humanidade, uma nova consciência - mais responsável planetariamente - já não permite mais aquele comércio de animais vivos, enclausurados e agonizantes sem luz solar, ventilação e espaço para simples deleite de nossa espécie."
O assunto é recorrente, mobiliza entidades e autoridades que têm a ver com o tema e fica cada vez mais forte a gritaria contra a ala do mercado chamada "Corredor da Crueldade". De fato, é aquela a área mais desagradável de percorrer no mercado e a representação mais emblemática está no olhar dos filhotes de cães e gatos presos atrás das grades, como a suplicar que alguém os leve dali.
O cheiro é ruim, o visual - que deveria ser; vida e alegria, pela algazarra dos bichos acaba sendo angustiante. No fundo, no fundo, o que mais incomoda são as grades e gaiolas em que os bichos ficam confinados até que alguém os compre. Os manifestantes têm razão quando protestam contra as condições em que os bichos ficam expostos à venda e ao sofrimento.
Quanto a isso, não há mais o que discutir. Risco de transmissão de doenças entre os aninais e para seres humanos, insalubridade, maus-tratos, inconveniência de vender seres vivos onde se comercializa alimentos... São argumentos fortes demais.
Mas não há como negar que a discussão precisa ir mais a fundo. Proibir o comércio no mercado não cria uma cultura definitiva e politicamente correta sobre criação e venda de animais. A pergunta é simples: os animais saem dali e vão para onde? Ou a intenção é acabar de vez com a possibilidade de haver comércio de bichos?
Há técnicas, normas e possibilidades suficientes para exigir dos comerciantes do Mercado Central ou de qualquer lugar que mantenham instalações decentes e capazes de dar resposta aos argumentos contra o que lá existe hoje. No mercado, estamos todos vendo a realidade.
O problema do mercado é que a situa¬ção se arrastou, não houve mudanças significativas e, agora, fica difícil defender. Aí, vão cortar a raiz do mal ali. mas as raízes estão fincadas em muitos outros lugares. Quem garante que um pet shop qualquer vá oferecer condições saudáveis de confinamento de animais à venda? E se pensarmos onde ficam durante a semana, por exemplo, os bichos oferecidos na periferia da feira da Afonso Pena aos domingos? Simplesmente, não se sabe.
Em uma primeira análise, seria muito mais fácil para a autoridade pública e para os defensores dos animais fiscalizarem o corredor do Mercado Central do que ter de olhar casos e casos espalhados pela cidade. Então, mesmo se os comerciantes do mercado perderem a batalha amanhã, o assunto estará longe de ser resolvido. A toca é muito mais embaixo. Há uma infinidade de gaiolas precisando ser abertas e muito menino sonhando ter um cachorrinho, comprado no mercado ou em outro lugar qualquer."

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