O site Vet Smart abordou um assunto muito importante que é a doação e transfusão sanguínea entre animais. Quem não tem um pet sequer imagina que animais podem doar sangue e mesmo para quem tem pet, o assunto pode causar um certo impacto, muito pela falta de informação.
O texto foi escrito pela estudante de Medicina Veterinária, Larissa Florêncio de Assis, que também é colaboradora no departamento de Patologia da Universidade Federal de Lavras. A futura veterinária conversou com Marília Castanho, tutora de um gato que precisou de sangue e conseguiu nas mídias sociais encontrar doadores para o seu bichinho, a partir da criação de uma página para troca de informações sobre transfusão de sangue em felinos.
A tutora Marília Castanho Giudice viveu esse problema na pele e resolveu agir. Ela utilizou as redes sociais para criar um Grupo focado em encontrar voluntários animais doadores de sangue.
Ela teve ideia depois de passar uma experiência díficil ao saber que sua gatinha precisaria de uma transfusão: “(…) Não pensei duas vezes em pedir ajuda nas redes sociais e em conjunto, mobilizei todos os meus amigos e familiares. Mesmo os que não tinham gato fizeram uma ‘corrente’ e entravam em contato com todos os conhecidos. Não tenho como dizer em números reais quantas pessoas se mobilizaram, mas a rede social me ajudou muito. Pessoas de outros estados queriam mandar bolsa de sangue para minha gata, fiquei super emocionada em ver a solidariedade de pessoas que nem me conheciam”. Mobilizada com a causa e percebendo a dificuldade de se conseguir a doação Marília criou um grupo no Facebook para que outros proprietários não passassem pela mesma preocupação que ela.
Informação - “Para quem não tem um pet, seja gato, cachorro ou outro gênero, é difícil imaginar que haja transfusão de sangue para pets. E mesmo para quem tem algum pet é praticamente uma novidade", observou a tutora. Ela concorda que há pouca divulgação sobre o assunto e falta incentivo e campanhas por parte dos hospitais veterinários e hemocentros.
Assim como existe campanha de doação de sangue humano, deveria existir esse tipo de campanha na veterinária. E com isso, haveria investimento de novas tecnologias na área, como as bolsas especiais para armazenamento de sangue de felinos que ainda não existem no Brasil. A tutora relembra que foram raros os lugares em que ela encontrou bolsa de sangue para gato. E quando encontrava era para uso interno da clínica ou estavam à venda a preços exorbitantes.
Além disso, é importante ressaltar os procedimentos pelos quais o animal doador deve passar para realizar a doação de sangue. Para ser doador, o cão deve ter de 1 a 7 anos, peso superior a 25 kg, estar protegido contra pulgas, carrapatos e verminoses e apresentar carteira de vacinação em dia. Os felinos devem ter entre um e oito anos, ter vermífugo e vacinação atualizados e no mínimo 4,5kg. Os animais serão encaminhados para uma avaliação médica veterinária, sendo submetido a rigorosos exames, a fim de evitar doenças infectocontagiosas, como por exemplo, erlichiose/babesiose, dirofilariose, imunodeficiência viral felina, além da avaliação laboratorial clínica. No caso dos cães é preciso mantê-los deitados por 10 minutos apenas, já no caso dos gatos é preciso sedá-los e o tempo de duração fica em torno de uma hora.
Encontre o hemocentro mais próximo
Grupo de informações no Facebook criado pela tutora Marília
Fonte: http://www.vetsmart.com.br/
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