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sábado, 12 de novembro de 2011

Tom de voz assertivo é a dica para ter um animal obediente e seguro

O adestrador José Luiz mostra a cartilha Guarda Responsável e deve começar a atuar como voluntário na etapa de pós-adoção da Feira Adote um Amigo. Ele encontrou na feira um amigo que adotou uma linda cadelinha filhote

A XXI Feira Adote um Amigo, além de todas as sensações e sentimentos que despertou entre voluntários, protetores e candidatos à adoção, também apontou um excelente gancho para esta postagem que vai falar sobre dicas de comportamento animal e adestramento. É que por lá encontramos o adestrador José Luiz. E, conforme informado na matéria anterior que trouxe a cobertura da edição histórica da feira de adoção de animais dentro dos muros do Centro de Controle de Zoonoses de Belo Horizonte (CCZ-BH), o adestrador deverá estar em breve atuando como voluntário na etapa de pós-adoção e contribuir para evitar casos de devolução de animais adotados por problemas de comportamento. Esta é a proposta em discussão com o grupo de organizadores e voluntários do programa de encaminhamento de animais resgatados da rua, que uniu esforços de protetores, ONGs de proteção animal, Comissão Interinstitucional de Saúde Humana na sua relação com os animais, do Conselho Municipal de Saúde, e Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte.

”Pretendo ajudar nessa questão comportamental, fazendo um trabalho de reabilitação do animal, instruindo o adotante para o comportamento do cachorro, ensinando-os a diferença entre obedecer e aprender”, pontuou José Luiz. Faz parte dos planos, inclusive, a confecção de uma cartilha com as principais dicas para conter latidos excessivos, reações pela separação do dono que precisa se ausentar para trabalhar, entre outras questões que, às vezes levam adotantes a devolver um cachorro adotado por pura falta de paciência com o animal e desconhecimento de técnicas e noções básicas de adestramento que qualquer dono de cão deve saber. O investimento nessa parceria é extremamente benéfico porque a devolução de um animal não é interessante para o programa e, sobretudo, é altamente prejudicial para o bichinho que novamente vai sofrer as conseqüências de ser rejeitado.

Estabelecer limites Quem tem um cachorro aprende na prática essa diferença entre obediência e aprendizado ou tem de contar com o auxilio de especialistas ou mesmo a partir do convívio com o próprio animal, respeitando as principais características típicas de uma raça e necessidades. “É preciso estabelecer limites. Ensinar ao cão que em determinado momento a presença dele num cômodo da casa, no quarto, por exemplo, não é permitida. O que não significa dizer que ele não possa freqüentar aquele espaço, mas ensiná-lo que quando é permitido ele pode entrar e quando não é ele não pode”, ensina.

Nem sempre é fácil. Simplesmente porque a reação de um cachorro nunca vai ser igual a de outro ao mesmo estímulo ou aprendizado. Eles também não vêm com um manual de funcionamento ou botão de liga e desliga. Os cães podem se diferenciar no tamanho e mesmo na forma de conviver com seu dono.

Comportamento X Personalidade Os cães podem apresentar características semelhantes, próprias de uma raça (ou da mistura delas como no caso dos mestiços e amados vira-latas, ou como preferem os veterinários de plantão, SRD – sem raça definida). Também é preciso se ter noção da diferença entre comportamento canino e personalidade canina. “São comportamentos caninos o farejar, o conviver e respeitar as regras de matilha e, assim assimilar posturas de submissão ou liderança, tornando-se um cão alfa do grupo, ter rotinas preestabelecidas. É regra geral. Já a personalidade canina é adquirida por meio da educação, da criação recebida pelo dono, por técnicas condicionamento e adestramento. É uma moldagem do comportamento canino”, explicou o adestrador.

Ele exemplificou que o cachorro vive em função do momento, do presente, da rotina que é estabelecida para ele. Assim, se o dia do cão com a família começa com uma caminhada no parque, o retorno para casa, a alimentação, a brincadeira com o dono e o repouso, nesta ordem, é isso que ele vai estabelecer como rotina.

“O cachorro vai se adequar por instinto, condicionando o seu psicológico pelas regras do humano por meio do poder e da imposição ou através do reconhecimento do dono por sua autoridade, como líder de matilha, o que é o ideal”, observou o adestrador José Luiz.


Carttilha entregue aos adotantes de cães e gatos na feira Adote um Amigo

Comandos assertivos A cartilha Guarda Responsável, produzida pela Comissão Interinstitucional de Saúde Humana na sua relação com os animais, que é entregue atualmente àqueles que adotam um cão em uma das edições da feira Adote um Amigo, traz dicas básicas de adestramento que são fáceis e fundamentais para se colocar em prática com o seu bicho de companhia. De acordo com o material, o tom de voz é um instrumento importante na educação de seu animal. Palavras com “NÃO” em voz enérgica. “VEM”, “VAMOS PASSEAR” eles aprendem facilmente.

E diz ainda a cartilha: os animais precisam de paciência para compreender o que está sendo ensinado. Quando ele fizer algo errado, nunca bata nele. Ao invés disso, fale com tom mais firme, assertivo, e assim que ele fizer o que é certo, faça um carinho, lhe dê um petisco para agradá-lo, reconheça utilizando-se dessa técnica conhecida como reforço positivo.

O adestrador José Luiz destaca que 70% dos casos de mau comportamento de um animal decorrem de falta de conhecimento do dono. “Muitas vezes, a pessoa quer resolver uma questão dela e não propriamente de seu animal”, ele adverte.


Todo cachorro precisa de atividades regulares, como uma caminhada com o dono. Uns mais que outros, mas todos têm essa necessidade

Cães hiperativos, por exemplo, ele destaca, passam a representar um problema quando estão em uma família com um estilo de vida que não condiz com a energia ativa do animal. “Todo cachorro precisa de atividade física, mais ou menos intensa, a depender das características natas do animal. Então, é preciso escolher um cão de acordo com o estilo de vida que se leva”, orienta.



Labrador: o cão da moda - muitos adquirem e desprezam as características da raça e depois denominam as questões apresentadas como mau comportamento quando, na verdade, é uma situação de falta de adequação ao estilo de vida da família humana do cachorro


Na página do BICHOS DE COMPANHIA no facebook, por exemplo, tivemos um caso de uma dona de um cachorro da raça labrador que solicitava ajuda para o cachorro que, segundo ela, pulava e mordia todo mundo e estava muito agitado. Tratava-se de um caso típico de um cachorro criado numa família com um estilo de vida totalmente distinto das características mais essencial da raça: alta energia. O comportamento do animal demonstrava exatamente que ele não estava tendo condições de liberar essa energia acumulada, não era levado para passear com freqüência com seus donos, queria liberar essa carga através de atitudes que para o cachorro eram só brincadeiras e ele sequer tinha noção da forca de sua mordedura ou peso corporal.


Golden retriever do labrador: mesmas características do labrador e também portador de alta energia, o que exige várias caminhadas vigorosas ao longo do dia para canalizá-la


O próprio adestrador conta que já chegou a perder uma cliente por ter falado exatamente essa verdade para ela. Dona de um cão hiperativo, ela passava horas em frente a televisão e nunca encontrava tempo para levá-lo para passear.

DICAS DE ADESTRAMENTO
Cães filhotes: eles são os mais procurados nas feiras de adoção. São naturalmente fofos e graciosos. Mas as pessoas se esquecem exatamente que são filhotes. E como filhotes, choram com freqüência e precisam de cuidados assim como bebês.

Para receber o filhotinho ou mesmo um cão adulto em casa, o adestrador orienta que é preciso decidir o espaço do animal na casa, apresentar a ele os locais dele na casa, o lugar onde vai se alimentar, tomar água, vai se repousar, dormir e fazer suas necessidades.

Dicas para conter o choro do filhotinho: encher uma garrafinha com água morna (temperatura ideal com cuidado para não queimar) e colocar junto ao bichinho, simulando a presença da ninhada e da mãe.

Dicas para conter os cães que pulam nas pessoas que entram em casa: usar os comandos “NÃO”, “DESCE” com assertividade e agradá-lo somente quando ele estiver calmo, no chão.

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