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domingo, 25 de julho de 2010

A história de Fred e Frida, Yin Yang



Já há algum tempo Fred & Frida vêm fazendo parte da minha vida, ainda que de longe. Desde o nosso primeiro encontro, meu ritual diário a partir do momento que chego do trabalho mudou em função deles. Fred & Frida foi o nome que dei a um casalzinho especial. Dois gatinhos lindos, de pêlo reluzentemente negro. Olhos amarelos que brilham no escuro.
Por causa deles não apenas minha rotina mudou. Precisei encontrar força e criatividade para driblar vizinhos da rua e do prédio em que moro que são absolutamente contra a presença dos dois por aqui. A princípio, a implicância é puramente devido à aversão que os gatos, geralmente, provoca nas pessoas. Tenho observado que mesmo entre pessoas que dizem não gostar de cachorros, a presença dos caninos não gera tanta antipatia quanto a de felinos.
Eu mesma, até um tempo atrás, guardava uma certa distância dos felinos. Respeitava-os, tinha pena quando encontrava algum em situação de abandono ou de maus-tratos, mas, também tinha medo. Ainda hoje, não sei mesmo carregar um gatinho no colo. Tenho medo, medo de machucá-lo e medo que ele me machuque também.
Enfim, o fato é que Fred & Frida têm sido responsáveis pela minha revisão de (pre)conceitos que, a cada dia fica mais flagrante serem fruto de total ignorância de minha parte do comportamento dos felinos.



Uma de minhas grandes descobertas, digamos assim, é a de que gatos são capazes de reconhecer atitudes humanos de carinho e atenção a eles – assim como os cachorros. A diferença é que são sim mais independentes, menos carentes que os caninos. Fiquei encantada quando eles responderam a primeira vez – e desde então continuam a me responder – ao meu assobio, chamando-lhes para comer. Como disse acima, todos os dias, no mesmo horário, quando não há mais movimento de vizinhos circulando pelas áreas comuns do meu prédio, desço, levando a comida, ração e, de vez em quando leite para eles.
Também me encanta o fato de que eles adoram ração. Posso misturar um biscoitinho no meio que, no dia seguinte, o biscoitinho está lá intacto e nem um pingo de ração. Mas, amam leite. Leite e ração. Todos os dias tem lhes garantido um pêlo cada vez mais brilhante. Também estão mais gordinhos e tranqüilos.
Tão tranqüilos que puxam altos cochilos no jardim depois de comerem. De vez em quando também em cima dos carros da garagem – e aí é que está um dos argumentos usados pelos vizinhos. Dormem sempre juntinhos, em posição de Yin e Yang, enroscadinhos, sempre juntinhos. Independentemente de ela estar no cio ou não. Os dois são companheiros inseparáveis para enfrentar a solidão do abandono, os perigos da rua, os riscos de serem vitimas de envenenamento ou de quaisquer outras sacanagens e crueldades a que o homem pode ser capaz de fazer com bichinhos indefesos a título de nada. Se bem que no caso de Fred & Frida, pelo menos, envenenados creio que não serão. Afinal, já sabem – e adoram – onde encontrar água, leite e comida livre de veneno. E são extremamente pontuais para se alimentarem – aliás, já começam a circular próximo do local onde coloco a comida bem mais cedo à espera da ração.
Os dois são muito ariscos. Não aceitam a aproximação. A minha aproximação é um pouquinho diferenciada. Como sabem que eu levo a comida, aceitam que chegue mais perto, mas ao menor sinal de minha parte de tentar tocar neles, eles batem em retirada.



Frida é ainda mais arisca. E brava. O Yin, com jeito de Yang. Se insistir na aproximação, ela ameaça contra-ataque. Fred já é mais receptivo, quase aceita a aproximação, mas parece que é convencido por ela a afastar-se – embora nunca esboce qualquer atitude de ataque, pelo menos comigo. Quase aceita um carinho, um afago. O Yang, com jeito de Yin. Tão ariscos que sequer deixam-se fotografar, haja vista as tentativas frustradas que ilustram esta postagem.
Acho que Frida está numa posição de defesa, afinal, já deve ter passado por maus bocados na rua. É desconfiada e, penso que tem razões para tanto. Já deve ter sofrido, aliás, o nome que dei – Frida - pode até ter a ver com “sofrida”, ainda que a principio não tinha pensado nisso para lhe dar o nome.
Sonho com o dia em que consiga convencer alguém de confiança a levar Fred & Frida, juntos, para uma casa. Um lugar onde tenham não somente comida, água e leite, mas, sobretudo, afeto, um cantinho quentinho para tirar as sonequinhas habituais do jardim, sempre juntinhos, inseparáveis, em posição Yin e Yang, seguros, protegidos pelo amor entre eles e dedicado a eles.

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