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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Touradas e vaquejadas: dor em nome do turismo



Touradas espanholas, vaquejadas e rodeios aqui mesmo no Brasil. Por trás de eventos como esses que atraem turistas e nativos existe muita dor, sangue e sofrimento sem razão de animais indefesos diante da estupidez humana.
O trade turístico fomenta essa barbaridade. Na Espanha mesmo, capaz de encantar ao turista por uma série de outros atributos culturais e naturais, as touradas, lamentavelmente, ainda resistem tão somente por causa da demanda turística.

Abaixo, acompanhe um pouco da história das touradas. Conheça melhor para não aplaudir e contribuir com a dor de um ser vivo. O BICHO DE COMPANHIA agradece à maestra de espanhol Tatiane Rezende pela organização e cessão do material fotográfico e textual a propósito da semana do espanhol na escola Wizard Floresta, em Belo Horizonte.

Tourada: polêmica na tradição espanhola
A Espanha é um país que possui uma cultura muito rica. A dança flamenca , a paella e Dom Quixote são alguns exemplos do legado cultural que a Espanha nos trouxe. No entanto, o que vamos conhecer aqui é a tradição mais polêmica de toda a cultura espanhola: a Tourada (ou Corrida de Toros, como é conhecida da Espanha).

Apesar de hoje a tourada ser uma atividade tipicamente espanhola, ela também é praticada em países como o México e a Colômbia, além de outros de colonização espanhola e em Portugal. No entanto, desde o governo do Marquês de Pombal, no século XVIII, em Portugal as touradas nas quais os touros são abatidos são proibidas, ao contrário do que ocorre na Espanha onde o objetivo da tourada é justamente ver a morte do touro ao final do duelo com seu matador.

Apesar da tourada ser uma tradição espanhola, os primeiros registros de disputas envolvendo homens e touros foram encontrados na ilha de Creta, e também no Império Romano. Na Península Ibérica, há registros de que as caçadas ao touro eram um esporte muito comum na Antiguidade e na Idade Média. Portanto, notamos que a relação de combate entre o homem e o touro é muito antiga.



No entanto, essa relação só começa a tomar as características da moderna tourada, na qual homens e touros transformam sua disputa em um verdadeiro espetáculo, na Baixa Idade Média. Na coroação do rei de Leão e Castela, Afonso VII, é registrado pela primeira vez esse espetáculo no qual nobres a cavalo portando uma lança enfrentavam touros. Segundo alguns estudiosos, essas disputas eram parte do treinamento de um cavaleiro medieval espanhol.

A partir de então a tourada passa a se desenvolver na Espanha, ganhando suas características atuais no decorrer dos anos. O primeiro toureiro profissional de que temos notícia só apareceu no século XVIII, seu nome era Francisco Romero e a ele se atribui a introdução da espada, utilizada para dar o golpe de morte no touro e da muleta. O auge da popularidade das touradas na Espanha, no entanto, ocorreu no início do século XX, quando a rivalidade entre os toureiros Juan Belmonte e José Gómez atraiu milhares de pessoas às “plazas de toros” para assistir as suas ousadas manobras frente aos touros.



A tourada de nossos tempos segue todo um ritual bastante interessante. Primeiro temos a entrada do touro na arena, onde o toureiro (também conhecido como “matador”) o aguarda com o capote e inicia o duelo com o touro. Nesse momento entra em cena o Picador, homem montado em um cavalo protegido por uma manta de tecido e couro - para que não seja atingido pelos chifres do touro - portando uma lança. O Picador dá vários golpes com a lança no dorso do touro, esses golpes têm a função de debilitar o animal, além de provocar dor, o que o deixa mais nervoso.



O segundo passo é a entrada dos Banderilleros que são homens que ficam uma espécie de arpão colorido nos touros. Essas banderillas assim como os golpes do Picador, têm a função de debilitar e enfurecer o animal, além de serem uma espécie de “decoração” do espetáculo, deixando-o visualmente mais atraente.

Depois de todo esse ritual, ocorre o momento mais esperado da tourada, quando o toureiro, portando a muleta no lugar do capote, inicia o duelo com o touro, instigando-o a fazer uma série de manobras para depois matá-lo com um golpe certeiro de espada.

Deste modo termina a tourada. Vale lembrar que a prova é assistida por um presidente, homem que ao final do duelo decide se o toureiro fez um bom espetáculo e se ele merece ganhar os “troféus” da disputa, que são as orelhas e a cauda do touro. Ressaltamos que eles cortam as orelhas e a cauda do animal com o touro ainda agonizando no chão da arena.

Nesse texto, podemos observar que a tourada, ao mesmo tempo em que é um evento típico da cultura espanhola, com séculos de tradição e formado por uma série de rituais bastante elaborados, é um espetáculo de dor e sofrimento para o touro, no qual antes de ser morto diante de uma plateia, recebe vários ferimentos, o que lhe causa grande estresse físico e mental. É justamente por isso que existem em todo o mundo grupos que lutam pelo fim das touradas, alegando que não se pode continuar com uma tradição cruel como essa.

5 comentários:

  1. Espero que as pessoas tenham a sensibilidade de perceber a crueldade destes eventos e que não paguem mais para ver tanto sofrimento sem sentido. Vamos lutar contra isso! Enquanto houver pessoas pagando para assistir, isso continuará a acontecer. Vamos dizer não e que cada um, fazendo sua parte contra tudo isso, consiga ajudar a acabar com tamanha atrocidade. Tati

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  2. e fora o que fazem com o touro antes da tourada,porque pra ele já entrar irritado na arena né. Não sinto NEM UM POUCO de pena quando o touro machuca o toureiro. Em relação ao rodeio, seria bom que amarrassem os testículos do peão pra ele ver como é bom!!! poxaaaaa, fico revoltado com isso, os testículos são a área mais sensível do homem, e eles amarram até o touro pular de dor oO, vão pra pqp!!!!

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  3. Espetáculos medievais que temos que lutar de todas as maneiras para que fiquem apenas nos registros para que as futuras gerações saibam como somos maus.

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  4. Como a justiça acontece!Oque acontece com eles é bem feito,ficam maltratando os animais dessa maneira tão cruel,em pleno seculo XXI as pessoas não se tocam.espero que tudo isso tenha um fim.

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  5. Infelizmente governo nenhum vai ter coragem, POR ENQUANTO, de mexer com isso, por causa do grande valor em dinheiro que corre por trás disso tudo. O dinheiro move o mundo, e embora essa seja a desgraça, também é a realidade. Temos que lutar contra isso, mas sabendo que é uma luta idealista. Um dia, uma das gerações futuras vai ver a vitória, mas até lá, muitos animais ainda vão sofrer desnecessáriamente a estupidez do homem. Pior é a atitude dos que NÃO LUCRAM com isso, PAGAM para ver, e CURTEM os shows e os restaurantes nesses locais. IGNORÂNCIA total, total, total... e os bichos pagando por isso nos rodeios, nas vaquejadas, na farra do boi, etc...

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