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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Dicas para diminuir a ansiedade de seu cão quando estiver sozinho em casa



O Blog Bichos de Companhia foi motivado pela necessidade de ajudar mais um de seus afilhados, o Snoopy, um lindo poodle de aproximadamente dois anos de idade, que apresentamos à amiga e jornalista Cléris Cardoso (colega da faculdade de jornalismo)  que o adotou. Ela está encantada pelo cachorro que foi abandonado e encaminhado à adoção com a ajuda de uma “brigada voluntária” formada também pela Blenda, Regina, Waleska, Maria Rita e Bete, sócia da clínica vet dr. Marco Antonio. “Ele é muito carinhoso. Meu irmão está louco por ele também. Ele anda atrás de mim o tempo todo”, diz a adotante, que levou o cachorro para casa para ser companhia de sua super calma Chelsy, uma lhasa apso, de 12 anos.


Este aí é o Snoopy, o mais novo afilhadinho 
do Bichos de Companhia: 
em fase de adaptação na casa da Cléris 
e do Alex, os adotantes

O sinal de alerta vem quando a jornalista diz que o único problema é que Snoopy parece ter fobia de ficar sozinho e ela teme que os vizinhos de seu prédio lhe chamem a atenção e ela não possa ficar com ele em função dos latidos excessivos e choro. “Saí para trabalhar e quando voltei encontrei panos de prato espalhados pelo chão, a mesa de café da manhã revirada, tudo no chão e xixi na casa toda”, relata desesperada.

Ansiedade de separação Bom, para ajudar Cléris e Snoopy buscamos informações, conversamos com especialistas e donos de bichos de companhia atrás de dicas para manter o cachorro mais calmo e evitar a separação da dupla. Descobrimos que o Snoopy sofre da síndrome da ansiedade de separação (SAS). Cães que não conseguem ficar sozinhos em casa entram em depressão e procuram ocupar o tempo destruindo móveis e objetos e fazendo bagunça para chamar a atenção. “Muitos cães adultos latem, uivam, destroem objetos ou fazem necessidades pela casa quando ficam sem companhia, conseqüências de longos períodos de solidão quando eram filhotes”, aponta a britânica Gwen Bailey, zoóloga, treinadora e especialista em comportamento animal, autora do livro Como treinar um Superfilhote, lançamento no Brasil da editora Globo Estilo.


O lançamento da editora Globo Estilo: é um manual com muitas dicas para ajudar na adaptação e treinamento de cães. O blog recebeu de presente da editora e em breve falaremos mais sobre o livro que é uma dica preciosa, sobretudo, para "cachorreiros de primeira viagem" 

E se buscarmos a experiência do poodle Snoopy faz muito sentido. Ele foi abandonado nas ruas, perdeu sua referência do dono que o largou nas ruas até ser resgatado e ter novamente a chance de conviver com uma família de humanos. Ele teme novamente o abandono. Para a autora britânica, conseguir evitar essa ansiedade da separação é preciso ensinar o cachorro a ficar sozinho aos poucos.

Por isso, Cléris vamos juntos, com muita paciência ensinar o Snoopy a conviver novamente com uma família. As dicas a seguir são direcionadas aos donos de cães ansiosos que trabalham fora e seus cachorros precisam se adaptar a uma rotina de solidão por todo período em que o guardião estiver longe de casa. Cães que ficam sozinhos esporadicamente, em geral, não irão apresentar a SAS e, consequentemente, não irão sofrer tanto com a ausência momentânea do dono.

Deixando o cachorro sozinho em casa
1)    A dica da autora britânica Gwen Bailey é começar ensinando o cachorro a tolerar a solidão. Quando estiverem todos em casa, leve o cachorro para um passeio para fazer suas necessidades, brinque um pouco com ele, em casa ou na rua, para que gaste eventual excesso de energia. Depois disso, leve-o para tomar água e use uma guloseima para atraí-lo até o lugar de dormir. Acomode-o ali e saia, deixando-o sozinho quando estiver ajeitado para dormir e, assim que adormecer, saia devagar. Deixe a porta aberta para que possa ir ao encontro do dono se acordar. Esteja por ali, acompanhando o processo até que ele se acostume e perceba que você está ali por perto;
2)   Repita essa operação sempre que estiverem em casa, deixe-o sozinho em algum outro cômodo da casa, sempre estando todos por perto. Vá aumentando os intervalos dessa “solidão acompanhada” diariamente;
3)   Quando for sair de casa, nunca diga “tchau”, jogue beijinhos ou fale fininho. Essas atitudes para o cachorro podem significar algo que está lhe fazendo sofrer e, consequentemente, ele vai ficar angustiado com seu sofrimento, poderá chorar, latir, se auto-mutilar, etc. Quando for sair, simplesmente vire as costas e saia, tipo à francesa, sem despedidas, sem voltas para dar uma espiadinha, sem dó. Quanto mais normal parecer a situação melhor e mais rápida será a adaptação do cachorro a sua ausência;
4)   Quando voltar para casa, abra a porta e passe direto por ele. Por mais duro que possa parecer, saiba que essa atitude é para o bem dele. Não ligue para as festinhas dele para recepcioná-lo. Chegue, vá a cozinha, tome água, troque de roupa, faça pequenas atividades normais a sua rotina de volta ao lar e só depois que tudo estiver calmo (que o cachorro estiver calmo) faça um carinho, brinque com ele, mate a saudades dele. Do contrário, se chegar em casa e já se render logo ao rabo do cachorro abandando, lhe fazendo festinhas, estará alimentando a ansiedade dele, que ficará lhe esperando todos os dias, ansioso;


A Kate também afilhada do blog Bichos de Companhia. Hoje está aqui posando de modelo, brincando com o super osso que ganhou de seus pais adotivos, Dani e Abrahão: e não é que o osso foi capaz de distraí-la???!!!!

5)      Brinquedinhos podem ajudar muito nesse processo de adaptação e tolerância à solidão. (clique no link a seguir para ver postagem sobre brinquedos inteligentes). Deixe brinquedos para mastigar, bolinhas e petiscos escondidos. Existem brinquedos inteligentes que fazem com que ele tenha o que fazer por algum tempo. Deixe dois ou três brinquedos “especiais” guardados. Esses brinquedos nunca ficarão a disposição dele o tempo todo. São brinquedos que você brinca com ele, estimula bastante e quando ele estiver doidinho pelo objeto, você guarda. Esses brinquedos servem também para ajudar nessas horas de solidão prolongada. Você também pode adaptar, pegar uma garrafa pet, colocar petiscos que ele adore dentro, vedar bem e fazer furos mínimos pela garrafa. Ele vai ficar distraído por muito tempo tentando tirar os petiscos da garrafa, até se cansar;

Um brinquedinho fácil e barato de fazer. Ingredientes principais: garrafa pet vazia e limpa com a tampinha, tesoura para fazer os furinhos, petiscos que seu cachorro mais gosta, criatividade e carinho. A receita estava na revista Meu Pet, n. 2/2012.

6)    Se puder, deixe uma camiseta sua com ele. Seu cheiro faz com que ele não se sinta tão sozinho;
7)      Cuidado com objetos e brinquedos que soltam partes, pelúcia, ossos, etc. Caso ele engasgue com um pedaço, você não estará perto para ajudar. Tire também fios e objetos quebráveis. Desligue equipamentos eletrônicos das tomadas para o caso dele mastigar. O ideal é que você delimite um espaço, assim você diminui os riscos de ele se machucar. Por exemplo, fechando portas de banheiros e quartos;
8)      E, por fim, busque informações com veterinários, ONGs de proteção animal e especialistas de sua confiança sobre a castração cirúrgica que vai propiciar que seu cachorro fique mais calmo, vai lhe garantir mais saúde e anos de vida ao seu lado, e, principalmente, evitar o ciclo de abandono de crias e animais adultos. O Snoopy já está com a castração garantida pelo Bichos de Companhia, viu Cléris?

Outras fontes:
www.tudosobrecachorros.com.br

2 comentários:

  1. Olá,
    bom artigo. Tenho dois vira-latas, é sempre uma tortura quando tenho que sair de casa! Eles ficam chorando, uivando e arranhando a porta. Às vezes recebo ameaças dos vizinhos e do síndico. Já paguei multas pro condomínio. É difícil!

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    Respostas
    1. Olá! É difícil sim! Mas tente essas dicas, procure ajuda de um adestrador ou especialista em comportamento canino. Só não desiste, por favor. O amor e a lealdade delas vale o investimento e vai valer a pena. Boa sorte e nos dê notícias, mande fotos.

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