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A adaptação de Toddy na família Bichos de Companhia |
A chegada do Toddy na família Bichos de Companhia não foi
exatamente planejada. Confesso que não pensava em adotar mais um cão ou gato.
Mas o Toddy apareceu pedindo ajuda. E antes de trazê-lo para casa, aí sim,
planejei tudo para a sua chegada: desde a colocação de telas nas janelas – já que
estamos no sétimo andar, um check-up com o veterinário Marcelo Lobão, do
Hospital Veterinário de Urgência 24h (HVU 24h), um banho, vermifugação, vacinação
completa, até a aquisição de duas bandejas de areia, a própria areia higiênica,
pazinha para limpeza da caixa, ração, vasilhinhas para comida e água, um
arranhador para salvar o meu sofá (risos), um brinquedinho de varinha com um
ratinho na ponta – que ele amou. E, por fim, a apresentação de Toddy às irmãs
caninas, editoras dos canais Bichos de Companhia, Esperança e Flor.
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A colocação de telas de proteção é essencial para quem adota gato e mora em apartamento |
O pedido de ajuda
Há pelo menos um ano, Toddy apareceu no sítio da minha
família. Muito dócil, ele facilmente nos conquistou. Mas ninguém tomou a
iniciativa de tirá-lo de lá. Providenciei a castração dele e contei com a
colaboração do caseiro em alimentá-lo com ração – e às vezes patê, duas vezes
por dia. Fato é que ele ficava sozinho o tempo todo e só tinha contato com
minha família aos finais de semana.
Duas semanas atrás, o caseiro informou que Toddy havia tido três
episódios de desmaio seguidos de espasmos e convulsão. Claro, que busquei o
gatinho e o levei ao veterinário. Ficou em observação e não teve nada. Fez o
check-up que disse no início do texto e, enquanto isso, providenciava a
colocação de telas com o pessoal da Acquaredes BH que ofereceu melhor
custo/benefício e no prazo que precisava. Sim, estava na minha última semana de
férias e só tinha o prazo de sete dias para acompanhar a adaptação dele com as
minhas cachorras.
A adoção
Adotar um gato é algo ainda mais difícil nos dias de hoje em
relação aos cães. Muito preconceito e mitos ainda cercam o convívio com os
gatos. Adotar um gato adulto, então, algo ainda mais complexo para muita gente.
Aliás, filhotes em feiras de adoção – de cães e gatos – saem muito rápido. Mais
um mito que embala os adotantes que acreditam ser mais fácil “educar” um
filhote. Eles se esquecem que o filhote, em geral, vai chorar com frequência pela separação da
mãe e dos irmãos da ninhada, fazer xixi e cocô para filhotinhos é um dilema. O
animal adulto, ao contrário, aprende tudo isso numa facilidade assustadora que
a única explicação é o sentimento de agradecimento sem tamanho que bichinho
adulto quer demonstrar em forma de lealdade.
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Sucesso na adaptação
Em três dias, Toddy já estava completamente adaptado e é a
prova de que os pre (conceitos) de se adotar um gato adulto realmente não
passam de mitos e desculpas. A paciência, o amor, o respeito são os
ingredientes para o sucesso da adaptação. Tudo isso com os cuidados e
preparação que falamos no início.
Razão que fez o Toddy ficar
Muito além da docilidade extrema do Toddy, a saúde dele foi a
principal razão que forçou a barra para ele ficar com a gente. Lembra que
dissemos que ele teve episódios de desmaio? Pois é, esse episódio se repetiu na
nossa casa no segundo dia de convívio. Voltamos com ele ao veterinário e após
exames de sangue, a equipe do HVU 24h descartou suspeitas e trabalha com o
diagnóstico de epilepsia. Sim, Toddy é um gatinho epilético. E já iniciou o
tratamento com o medicamento Gardenal diariamente. E desde então, graças a
Deus, não teve mais convulsões.
Medicamento para gato
Não, não é mito que é bem mais difícil dar remédio para gato
que para cachorro. Até porque como cachorreira assumida e nada gateira até
agora tenho medo de abrir a boquinha do gato e levar uma mordida de seus
dentinhos caninos afiados. Mas, o Toddy é realmente muito bonzinho e o meu medo
é que é o maior empecilho. O Marcelo Lobão emprestou um aplicador de silicone
que ajudou no primeiro dia. No segundo dia já não deu tão certo. Consegui
manter a calma, pedi a Deus e apostei no patê. E vem dando certo e é bem mais fácil.
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Deixe que o gato explore o ambiente e descubra os cantinhos onde se sinta mais seguro |
- · Deixe o gato no tempo dele. Não force as situações
- · Deixe que ele explore o ambiente naturalmente
- · Faça carinhos quando fizer coisas que considerar legais e certas
- · Chame a atenção, com um NÃO mais forte, quando fizer coisas que não for legal e que não queira que ele aprenda
- · Dê a comida em horários regulares (gatos adultos precisam se alimentar duas vezes ao dia) e, preferencialmente, em lugares mais altos – isso porque aqui temos as cachorras
- · Apresente o gato às cachorras devagar. Até porque os gatos se assustam facilmente com movimentos um pouco mais bruscos. Brinque com ele e as cachorras junto. Faça carinho neles junto
- · Tome cuidado para o gato não se esconder em armários e não seja esquecido lá dentro. Por aqui, entrar no armário é situação indesejada por causa desse risco e chamamos a atenção dele
- · Deixe que o gato e as cachorras transitem livremente e, se tiver algum estranhamento, deixe que eles resolvam, mas interfira somente se ficar grave.
Caixa de areia: aprendemos uma coisa bem legal que tem feito muito sentido com a gente. Os gatos não usam a caixa de areia se estiver muito suja. Alguns costumam fazer suas necessidades do lado de fora quando a não está limpa. E não adianta chamar atenção dele porque se o tutor não limpar, ele vai continuar fazendo sujeira do lado de fora.E a gente aprendeu que o ideal é ter uma caixinha de areia a mais em relação ao número de gatos na casa. Ou seja, aqui tem o Toddy e duas caixinhas de areia.